lunes, 11 de octubre de 2010



Uma índia macuxi fugiu da maloca bonita, no rio Surumu, com o filho de um tuxaua Taulipang.
E nunca mais se separaram.
Se ele ia pescar, ela ia também.
Se ela ia banharse, ele ia também.
Se ele ia caçar, ela ia também.

Se ela ia para a roça, ele ia também.

Nove meses depois a índia tornou-se mãe.

Mas a criança nasceu morta e a índia não conseguia levantar ou caminhar.

E, desde esse dia, nunca mais conseguiu forças nas pernas para andar.

Então o índio passou a levar a sua amada nos ombros para toda parte.

Um dia saíram pelo campo comendo mangaba e muruci.

O sol foi embora. Veio a lua. Veio o sol. Depois a lua veio. E assim aconteceu durante muitos e muitos dias.

E os dois amantes nunca mais voltaram.

Muito tempo depois, no lugar onde encontraram o arco, as flechas, do homem; a tanga, os brincos e a pulseira da índia, crescera um Tajá de um verde brilhante, que não conheciam.

Essa planta, que é o Tamba-Tajá, nascida do corpo dos índios amantes, tem nas folhas uma reprodução vegetal do sexo da mulher e no talo da folha o sexo do homem.


(Leyenda amazónica del Tamba-Tajá)


2 comentarios:

Antônio Moura dijo...

Sim, esta é uma lenda daqui, da Amazônia. E existe uma música, de um compositor daqui de Belém, o maestro Waldemar Henrique, inspirada na lenda.

Antônio Moura.

P.S. enviei uma mensagem parao seu yahoo, é este que você está usando?

La Cultivada dijo...

Oi antonio, só li voce agora, eu nao uso mais yahoo, estou em gmail faz muito tempo. adoraria escutar essa musica pois acho esta lenda de uma beleza, de um ritmo e de uma sencillez grandiosa